A viagem teve o seu ponto de partida em Lisboa, onde os participantes tiveram oportunidade de se reunir no Padrão dos Descobrimentos, para uma sessão de apresentação à iniciativa. Esteve presente o CEO do Grupo Forum Estudante, Rui Marques, que explicou que o objetivo da semana é que os jovens possam "ter contacto com gente que faz a diferença", um pouco por todo país. Na mesma linha de intervenção, o Presidente da Direção da CASES, Eduardo Graça, esclareceu os presentes sobre a importância da economia social, um "setor reconhecido legal e constitucionalmente" e, acrescentou que só "em Portugal existem mais de 61 mil entidades" ligadas a esta área.
Durante o período da tarde seguiu-se viagem até ao Centro Luís da Silva, em Rio de Moinhos (Borba), que faz parte da União das Misericórdias Portuguesas. Ali os jovens puderam visitar o centro de apoio a dependentes motores, que se divide em três núcleos: cinza (que integra crianças e jovens); violeta (adultos dependentes) e laranja (adultos autónomos cognitivamente).
Fundado em 25 de Novembro de 2013, esta instituição promove dois tipos de resposta social, um lar residencial onde habitam 72 utentes e um centro de atividades ocupacionais (CAO) com 50 pessoas. Entre as atividades promovidas existem por exemplo um atelier de culinária, jogos de mesa, uma ludoteca, um atelier de beleza e uma sala de snoezelen.
Para além de visitarem o espaço, os participantes tiveram a oportunidade de ver como é estar do outro lado através da prática de algumas atividades, como por exemplo andar de cadeira de rodas, experimentar uma piscina de bolas, alimentar o colega através de seringa, entre outros.
Foi ainda possível interagirem com alguns dos utentes do centro, através de um jogo de Boccia. Apesar dos esforços a equipa da casa saiu sempre vencedora.
No final houve ainda tempo para uma sessão de esclarecimento de como se processa o quotidiano de quem habita o Centro de Apoio a Deficientes – Luís da Silva e um espaço para dúvidas do público. No final da conferência a Diretora Técnica do Centro, Nádia Marques, apelou à "defesa da inclusão social", visto que "a deficiência só paralisa quem a desconhece".